É notório, tanto nos meus textos de caráter filosófico quanto na minha conduta cotidiana, que sou um obstinado defensor da valorização da intuição e da imaginação na prática da ciência e em seu ensino. Longe de prejudicarem a visão de mundo dos estudantes, creio que ludicidade bem instruída, associações inusitadas e informalidades úteis são meios extremamente eficazes para aumentar a clareza das observações dos aprendizes e de a uma só vez tornar mais amplo o domínio de seus pensamentos e mais acuradas as conclusões de seus raciocínios. Para mim, pensando não apenas como professor, mas também como o eterno estudante que sou, recursos educacionais que apelam aos sentidos, sobretudo à visão, devem ser utilizados sempre que possível, e interpretações geométricas até mesmo dos mais abstratos teoremas da álgebra são sempre bem-vindas. Contudo, sou enfático ao dizer que, enquanto a sofisticação do pensamento intuitivo é importante, a exigência do rigor formal é indispensável, sobretudo na matemática.
Blog destinado a discutir educação, matemática, literatura, filosofia, ciência, jogos e diversão!
sábado, 29 de junho de 2019
segunda-feira, 24 de junho de 2019
O VALOR DA CIÊNCIA
Vi, hoje pela manhã, uma notícia indicando que um quarto da população brasileira acredita que a produção científica nacional não contribui em nada para o país. Em seguida, li um comentário de alguém dizendo que isso ocorre porque “90% de tudo o que as universidades brasileiras produzem em termo de pesquisa é irrelevante”. A pessoa que fez o comentário fundamentou tal opinião em um ranking que informava que, apesar de a USP ser uma das universidades que mais publicam, ela é a 775ª colocada em proporção de artigos “top 10”. Na visão do comentarista, esse dado bruto significa que a maior parte do que nossos pesquisadores fazem é mera perda de tempo.
quinta-feira, 13 de junho de 2019
COMO CULTIVAR O PRAZER DA MATEMÁTICA
O texto abaixo foi extraído da introdução do livro "A Divina Proporção: um ensaio sobre a beleza na matemática", de H. E. Huntley, e traz algumas advertências para jovens que tencionam se especializar em matemática.
"Se você pretende seguir carreira na matemática, pura ou aplicada, quer seja na indústria, na pesquisa ou na docência, deve estar consciente de que, embora possa haver para você uma recompensa infalível e duradoura nessa atividade – o prazer da atividade criadora –, erguem-se certos obstáculos desencorajadores, dos quais quatro podem ser mencionados resumidamente.
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